5 de ago. de 2009

Cena Aberta: "Paraíso" é um encanto de novela

por Endrigo Annyston

Estava pronto pra escrever sobre o final da saga de "Os Mutantes" na Record, entretanto, assistindo "Paraíso", pensei: falar sobre a novela de Tiago Santiago é chover no molhado. A trama é uma porcaria, todos sabemos, ele se acha um super autor, e não o é, e, finalmente, a Record mostra ser de quinta, não de primeira, ao esticar uma trama sem fundamento até vê-la agonizando: de 23 pontos caiu para 6. Isso é o que essa novela, que terminou ontem (03/08), merece que eu diga.

Já sobre "Paraíso", sou só elogios! Passados 8 meses do ano, tenho o prazer de dizer que, até agora, Cássia Kiss é minha favorita para levar o prêmio de melhor atriz de 2009. Mariana é de uma riqueza de interpretação fora do comum, e a personagem, por si só, faz parte de uma realidade a parte que, apesar das loucuras, nos faz rir, e muito.

Mas a trama, como um todo, segue os passos de Cássia: tudo redondinho e caprichado. Isso, lógico, tirando alguns capítulos 'devagar, quase parando'.

Falta ritmo à novela, contudo, isso é perdoável quando o restante compensa, ao vermos um folhetim devolvendo à Rede Globo os 30 pontos que almeja na faixa das 18h por seus próprios méritos.

Apesar de ser um remake, a história se aproxima de nossa realidade, seja pelas histórias da rádio ou pelo lado político que é forte por ali.

"Paraíso" é como a casa da avó: não tem como não se sentir em local acolhedor com um produto onde toda a família pode conferir, sem restrições.

E, ontem (03/08), durante a festa de casamento, quando Maria Rita entrou servindo doces, sorrindo para o 'filho do demo', depois, convidada para dançar por Terêncio, e, por fim, sendo agarrada por Zeca que repetia te amo... te amo... com todo mundo olhando, admirado, pasmo, e, com Mariana tendo um troço, fiquei feliz por não ter perdido algo tão bem feito. Senti orgulho dessa novela.

Em resumo, pra que falar de uma porcaria quando você pode parabenizar Benedito Ruy Barbosa, não apenas por "Paraíso", mas pelo conjunto da obra – tirando "Esperança", lógico -?

Portanto, ao elenco, direção, produção, todos os envolvidos, uma salva de palmas! Ah, e que possamos sempre ser presenteados com produtos de tamanha qualidade!

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