18 de mai. de 2009
Depois de fracassar com novela, Miguel Falabella crítica gosto dos brasileiros
Miguel Falabella (foto) nunca foi de meias-palavras. Diz o que pensa e o que quer com força e opinião, qualidades raras no meio televisivo, onde as pessoas temem se chamuscar com assuntos explosivos.
Autor e ator do seriado "Toma Lá Dá Cá", em que vive o corretor de imóveis Mário Jorge, ele não abranda as críticas nem quando fala de seu próprio personagem. "Ele é um traste, um homem que não serve para nada. Não soube educar os filhos. Aliás, todos os personagens são péssimos", diverte-se ele, falando dos tipos instalados no fictício condomínio Jambalaya, encravado na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio de Janeiro.
O programa, que tem se mantido acima dos 20 pontos de audiência, emplaca sua 3ª temporada sem saber se permanecerá na grade. A dúvida, porém, não abala Miguel. "Não sou de ficar na mesma coisa a vida inteira. As coisas terminam. Ficamos 3 anos, já está de bom tamanho", avalia ele, que acredita ainda ter material suficiente para emplacar mais um ano do humorístico. "Acho que ele ainda tem fôlego para mais, mas não cabe a mim decidir. Se não tiver de ser, faço outra coisa. Graças a Deus, trabalho não falta", garante.
Entre os projetos, estão peças de teatro - uma delas, "Gaiola das Loucas", em que Miguel aparecerá ao lado de Diogo Vilella - e o esboço de uma nova série, que gira em torno do culto à celebridade. "Essa cultura transformou todo mundo na mesma coisa", sentencia.
"Eu não vou mais a lugar nenhum, porque você é obrigado a ser fotografado ao lado de vagabundos, ladrões, assassinos, com tudo. Vai tudo no mesmo saco", argumenta.
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