19 de ago. de 2009
"Vender horário na TV é ilegal", diz diretor do SBT
por Ricardo FeltrinO diretor de rede do SBT, Guilherme Stoliar, disse ontem (18/08) em evento com jornalistas, que "vender horário na TV para terceiros é ilegal". Para o executivo, todas as TV's que fazem isso hoje "ferem lei do Ministério das Comunicações", sem citar artigo referente. Presente também ao almoço estava a filha de Silvio Santos e presidente do SBT, Daniela Beyruti. O almoço ocorreu em festejo aos 28 anos da emissora.
"Vender horário seja para Igreja, seja para programa de vendas, é contra a lei. Pergunte ao Ministério (das Comunicações). Todas as TV's que fazem isso estão ferindo a lei", declarou.
O SBT e a Globo, segundo Stoliar, seriam as únicas emissoras que não vendem horário para produtoras independentes. No caso da Globo, no entanto, há um produto, digamos, com trocadilho, 'flex'. Ele não pertence nem à Globo Produção, nem à de Jornalismo e tampouco à de Esportes: o dominical "Auto Esporte", que aparenta ter matérias pagas. O SBT por sua vez tem o "Pesca Alternativa", mas a emissora diz que o horário "é cedido gentilmente".
"Sabe aqueles avisos antes do programa que dizem: 'Esta é uma produção independente, a emissora não se responsabiliza etc etc'? Não serve para nada esse aviso. Se a produtora cometer crime, a emissora paga também", declarou Stoliar, 53 anos.
Ele disse acreditar que a guerra deflagrada entre Record e Globo não afeta ao SBT, mas que a fome da Record por profissionais causa prejuízo, pois "é difícil competir com uma TV que tem fonte tão generosa de receita" (a Igreja Universal).
Stoliar confirmou ter recebido proposta para vender horário do SBT à igreja Universal, conforme a Record informou na segunda-feira (17/08), e que de fato não respondeu. "Mas se eles nos oferecerem o que dizem ter oferecido à Globo (R$ 543 milhões) a gente conversa", disse jocoso. "Faço até um desconto de 20% nisso", ironizou, ao lado de Daniela.
Procuradas para comentar as declarações de Stoliar, a Record não quis se manifestar. A Band informou que enviará sua posição, que será incluída neste texto assim que chegar.
Procurado, o Ministério das Comunicações também pediu tempo para se manifestar.
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