17 de ago. de 2010

Na TV, propaganda é mais alta que programação

Se você tem a impressão de que o volume da TV aumenta quando entra no ar o comercial, saiba que não é alucinação. Estudo publicado no último domingo (15/08) teria comprovado a variação do volume entre a programação e os comerciais televisivos.

A pesquisa foi realizada pelo perito forense judicial e técnico José Gonzales e mostra que o canal pago TNT foi o que mais apresentou alteração – comerciais tiveram 6 decibéis a mais que um filme.

Para o psiquiatra Marcelo Arantes, trata-se de aumento proposital, já que a elevação do volume passa a impressão de que o produto anunciado é mais importante que a programação do canal. Mas as emissoras negaram a prática e disseram que, embora possa ocasionar alguma variação, esse não é um recurso utilizado propositalmente.

A medição de Gonzales não trouxe apenas dados negativos para os ouvidos dos telespectadores. Na TV Senado, por exemplo, a programação chega ser até mais alta que os comerciais e em 2 outros casos não ocorreram mudanças: durante o "Superpop", os comerciais da RedeTV! ficaram no mesmo volume, assim como aconteceu no Animal Planet durante "Os Sobreviventes".

Mas a RedeTV! foi exceção entre os canais abertos. Globo, Record, SBT, Band e TV Cultura tiveram, cada um, aumento de um decibel durante intervalos comerciais em relação à programação.

Para apurar a situação, o Ministério Público do Estado de São Paulo instaurou um procedimento administrativo a fim de estudar o volume dos intervalos em 26 emissoras. Além disso, a Promotoria recomendou à Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) que fiscalize a ação dos canais.

O promotor Jeferson Dias – que instaurou o inquérito – disse que pretende pedir aos canais cópias da programação aferida por Gonzales. A perícia oficial garantiria "farto material probatório" e ajudará em caso de possíveis sanções.

1 comentários:

André Chagas disse...

Bom, pelo visto ficou por isso mesmo!!!

Os canais da net chegam a agir desrespeitosamente. Coisa ridícula!

2 de abril de 2011 às 01:17