12 de out. de 2009

Pelo Mundo: "Ley de Medios" é aprovada na Argentina

A luta travada entre o governo Kirchner e os grupos de comunicação opositores da Argentina teve mais uma rodada na madrugada do último sábado (10/10), que acabou com o senado aprovando a "Ley de Medios" ("Lei de Mídia"), que entre outras medidas proíbe grupos de comunicação a deterem mais de uma concessão de TV ou rádio e ainda proíbe grupos de telefonia a comandarem canais de televisão.

A nova lei afeta as principais emissoras da Argentina. O Grupo Clarín, dono do canal de notícias TN, líder da TV paga, e do Canal 13, vice-líder de audiência do país, terá que deixar o comando de um dos canais. A Telefônica também será obrigada a vender sua parte na emissora Telefe.

Além de querer diminuir o poder de grandes e poderosos grupos opositores, a nova lei demonstra o interesse do governo em aumentar a participação dos canais públicos. Uma das exigências peculiares é que emissoras de rádio deverão concentrar sua programação em conteúdo local, limitando a abordagem de temas nacionais. Os meios de comunicação do Estado assumem, a partir de então, a abordagem em alcance nacional.

Na TV fechada, 60% do conteúdo deve ser nacional. O problema é que a programação de conteúdo em televisão gera altos custos e a receita publicitária na TV paga é baixa. Com isso, muitos canais terão que fechar as portas.

Enquanto a nova lei gera problemas para os atuais grupos de comunicação da Argentina, outros poderosos empresários estão de olho na compra dos canais.

A apresentadora mais rica e popular do país, Susana Gimenez, negocia a compra do Canal 9. Segundo a imprensa local, Susana inclusive já teria se reunido em Miami com o dono da emissora, que é a 3ª maior da Argentina.

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