1 de set. de 2009

SBT prova sua incapacidade

por Endrigo Annyston

Os telespectadores passaram a última semana tentando adivinhar que bomba o SBT exibiria para tentar frear Gugu em sua estreia na concorrente Record. Foram estimulados pelas viajadas na maionese de Daniela Beyruti, filha de Silvio Santos, que volta e meia diz ter "bala na agulha", que novidades estão pintando, coisas assim, ou até o jornalista Luiz Bacci, que também aguçou a curiosidade e expectativa de meio mundo ao dizer em seu Twitter que o SBT daria um "golpe de mestre".

O que se viu, no entanto, foi uma prova total de incapacidade de ao menos tentar, mesmo que errando. É bem verdade que Silvio Santos teria que ficar de fora da brincadeira por problemas de saúde e que, por isso, exibiriam uma atração já gravada anteriormente. Mas a falta de visão começou bem antes de o programa do homem do baú entrar no ar.

É deprimente o que acontece com o "Domingo Legal". Tirando o quadro com Helen Ganzarolli e David Brazil, o resto é dispensável. No último domingo (30/08), por exemplo, tiveram a pachorra de exibir pela quarta vez uma matéria 'especial' sobre a morte de Michael Jackson, dessa vez, com a desculpa de que seria em homenagem ao seu aniversário. Produzissem, ao menos, material inédito!

Na seqüência, entrou no ar "Eliana", que salvou o domingo. O encontro entre a loira e Maisinha foi um espetáculo a parte e fez surgir em quem assistiu a vontade de poder contar novamente com a pequena aos domingos na TV. Quem sabe ao lado de Eliana isso poderia acontecer? Além disso, Eliana apostou no que já havia dado certo em seus tempos de Record, e, a conclusão, é que só foi bom por isso: por ela e sua equipe terem produzido tudo, afinal, se dependessem do SBT...

Tanto é verdade que, apesar de Eliana segurar a vice e ficar 22 minutos na liderança, a emissora conseguiu fazer o inexplicável: derrubaram a audiência que ela conquistou com a exibição do sorteio da "Tele Sena" seguido do "Roda a Roda". Ou seja, resumo da ópera: na brincadeira, entregaram de bandeja a vice-liderança para a Record que logo começou o "Programa do Gugu" e seguiu embalada.

Como pouco vexame é bobagem, ainda vimos Silvio Santos sendo ultrapassado pelo pessoal do "Pânico na TV".

E a prova de que nem era preciso fazer muito para chamar a atenção do público foi dada com a estreia de Gugu: um quadro furreco de dança, onde, pra ajudar, executaram duas músicas da novela da concorrente; o apresentador mencionou o nome do antigo programa; tentou, como todos na Record, fazer sensacionalismo em cima de Carlinhos, e não conseguiu e, por fim, ficou um tempão com o quadro de assistencialismo que copiou de sua antiga casa. Com isso, sobre o Gugu, fiquei imaginando o fato de esse homem ter sobrevivido todos esses anos explorando a desgraça alheia. Em um mundo feliz, Gugu não existiria?

Já sobre o SBT, o sentimento é de pena. Pena porque ainda havia uma esperança. O que se espera, de agora em diante é que, caso exista realmente interesse em virar o jogo, se mexam. Isso, lógico, caso queiram que acreditemos numa emissora que por anos reinou aos domingos, e, hoje, perde para um canal mambembe como a Rede TV, e ainda se diz a TV mais feliz do Brasil.

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