21 de jun. de 2009
OlharTV: Vale a Pena Rir de Novo
por Tatiana BruzziAcho que perdi algum capítulo, pois há semanas tento descobrir, em vão, o porque do “Vídeo Show” passar um pedacinho da produção “Fogo no Rabo”.
E eu achava se tratar de algo que não duraria mais de uma semana... Me dei mal, pois todos os dias eles anunciam o quadro “vale a Pena Rir de Novo” tendo a novelinha como atração.
“Fogo no Rabo” era uma satirização escrachada das telenovelas e fazia parte do programa TV Pirata, humorístico de sucesso na década de 80, dirigido por Guel Arraes e exibido pela TV Globo.
Apesar de uma sátira às novelas, a atração aproveitava o espaço para fazer, de forma inteligente, críticas políticas e sociais.
O humor começava pela abertura, com imagens que lembravam a novela Global “Roda de Fogo”, exibida 2 anos antes (em 1986). Já seu encerramento era ao som da música tema de “Mandala”, produção que ocupava o horário nobre na época.
No decorrer da história, todas as vezes em que o galã Reginaldo (vivido por Luiz Fernando Guimarães) aparecia, tocava a música “O Amor e o Poder” (interpretada por Rosana), tema de Jocasta (Vera Fischer) em “Mandala”.
A novelinha foi responsável por lançar um dos personagens mais carismáticos na carreira de Ney Latorraca. Estou falando de Barbosa (foto), aquele velhinho, com cara de tarado, que nada falava. Apenas repetia tudo o que diziam a sua volta.
Na sinopse original, Barbosa morria. Mas o público não ficou nada satisfeito com o desfecho da personagem e obrigou o autor a ressuscitar o velhinho.
Como resultado desse protesto, foi ao ar uma cena em que Barbosa, deitado no caixão, levantava e dizia: “E aí gente, eu voltei”.
Além de Ney Latorraca e Luiz Fernando Guimarães, participavam da trama Cláudia Raia, Debora Bloch, Cristina Pereira, Regina Casé, Marco Nanini, Diogo Vilela, Guilherme Karan e Louise Cardoso. Essa última interpretava Clotilde, a mulher de Barbosa.
Uma curiosidade: até hoje a atriz brinca com o fato de, mesmo depois de ter estudado com Maria Clara Machado, ser lembrada justamente por essa personagem.
Como diria o “Vídeo Show”, vale a pena ver de novo. Ou seria rir de novo?
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