1 de mai. de 2009
"Chamas da Vida" chega ao fim beneficiando atores secundários

A trama de Cristianne Fridman sofreu com a difícil concorrência contra a reprise de "Pantanal", com o "Big Brother Brasil 9", com as mudanças de horário e mesmo assim se isolou como a 3ª novela mais assistida da nova fase da dramaturgia da Record. Ficaram para trás grandes títulos como a bem sucedida "A Escrava Isaura" e "Vidas Opostas" e pela frente, apenas "Caminhos do Coração" e "Prova de Amor".
Entre os pontos altos de "Chamas da Vida" esteve uma maior dedicação aos atores secundários, que em alguns momentos ganharam visibilidade máxima e deixaram grandes nomes do casting da emissora atuando em segundo plano.
Diferente dos autores da Record - e também da Globo -, Cristianne Fridman promoveu atores novatos ou esquecidos pela mídia em papeis importantes e decisivos, a fim de mostrar o talento que tinham.

Outro investimento de Cristianne Fridman foi em André di Mauro (foto/direita), que deu vida ao pedófilo Lipe, responsável por grandes picos de audiência. Cogitava-se o nome dos mais conhecidos Luiz Henrique Nogueira e Petrônio Gontijo, que não puderam aceitar.
André di Mauro, que nem contrato fixo com a Record havia assinado, aceitou e teve em "Chamas da Vida" um dos seus papeis mais renomados e elogiados de sua carreira.
A delegacia de Tinguá também foi bastante movimentada e foi cenário de diversos conflitos entre os próprios policiais. Quase todos eles protagonizados pelo pouco conhecido Zeca Carvalho, que dava vida ao corrupto Xavier, e por Ricardo Pavão na pele do delegado Fausto.
Zeca Carvalho ganhou mais notoriedade quando as farsas de seu personagem foram descobertas. Elas eram tantas - e tão densas - que foram responsáveis pelos famosos ganchos no final do capítulo.
Também pode-se citar outros exemplos, como o de Andréia Horta (foto/esquerda), a rebelde Beatriz. Ao longo de sua carreira, trabalhou em apenas 4 produções, sendo apenas 1 global - a minissérie "JK". Andréia atuou na má-sucedida "Alta Estação", protagonizou o sucesso "Alice" na HBO e novamente, teve em "Chamas da Vida" o momento mais destacante de sua carreira.
Embora Cristianne Fridman tenha dado importante destaque aos atores de menor renome em "Chamas da Vida", essa prática não é inédita. Em Bicho do Mato, onde dividiu a autoria com Bosco Brasil, Cláudio Mauro, que dava vida ao vilão sentimental Hilton, ganhou espaço no decorrer dos capítulos.
O papel de Cláudio começou como auxiliar de serviços gerais de um luxuoso prédio no Rio de Janeiro e terminou como cúmplice do vilão Ramalho, de Jonas Bloch, em suas maldades.
O mesmo destaque ocorreu com Regina Sampaio, intérprete da governanta Frederica, que na reta final assumiu ser irmã de Ramalho e após sua morte, teve funções notáveis até o último capítulo.
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