18 de jan. de 2009

Maysa: de encher os olhos e falar ao coração

por Endrigo Annyston

Vivemos uma semana ímpar na TV, duas super produções saíram de cena. Primeiro, "A Favorita", novela merecedora de todos os elogios que teve seu desfecho com um belo e emocionante capítulo.

Mas esse texto é por outro motivo. Primeiro a crítica: precisava mesmo ter uma edição de quase meia hora do "Big Brother" para empurrar o último capítulo de "Maysa" para tão tarde?

Tudo bem, eu desculpo, mas somente porque valeu, e muito, a pena. Foi a coisa mais linda que eu já vi na minha vida televisiva em se tratando de uma produção nacional. Bate "A Favorita"? Lógico.

É de uma dificuldade sem tamanho fazer um remake. Não dá para não comparar uma produção com a outra. No caso de "Maysa", por ser a "biografia" de sua vida, entre aspas pela liberdade que Manoel Carlos teve com o texto, é uma dificuldade ainda maior, pois estão refazendo a vida de uma estrela, alguém que verdadeiramente existiu, e, neste caso, as comparações vão desde a atriz escalada para interpretá-la até a história retratada.

Podem surgir críticas como: "Maysa não merecia algo tão ruim", “Aquela atriz não tem nada a ver com ela”, "Não deviam ter retratado tal fato, queima o filme dela", e por aí vai. Mas, como quem dirigiu a biografia era seu filho Jayme Monjardim, então tudo "poooode";.

A questão, afinal de contas, é que faltaram motivos para críticas.

A começar pela estreante Larissa Maciel. Sua aparência física por si só já chama a atenção por lembrar Maysa. O fato de ter estudado sua forma de cantar, as expressões faciais, o modo de andar, dentre outros aspectos de Maysa, a ajudou e muito.

Parecia que realmente estávamos vendo Maysa. Larissa deu vida a estrela e mergulhou de cabeça. Era impressionante.

Depois dessa estonteante interpretação, vem o maravilhoso e sempre emocionante texto de Manoel Carlos, a direção de Jayme, a cenografia e figurino de época, a trilha sonora, lógico, e, principalmente, a fotografia.

Parecia filme. Além de tudo, teve o restante do elenco, mesclado com nomes conhecidos como Angela Dip e Priscilla Rosenbaum e revelações como Mateus Solano.

Mas a surpresa ficou mesmo para o último capítulo, o mais lindo de todos, por marcar a morte de Maysa e por mostrar o desfecho de sua história com Jayminho. Foram emocionantes e de uma delicadeza imensa as cenas, e, claro, também pela revelação de Jayme Matarazzo como ator. Tem futuro.

Ele e Larissa em cena foram perfeitos.

Foi a melhor produção que já vi, e, reafirmo, mesmo sendo exibida tão tarde, valeu e muito a pena.

Agora, um detalhe: quero o DVD o mais rápido possível.

1 comentários:

Anônimo disse...

vc soh pode estar brincando!!!
maysa foi uma desgraça, com uma história ridícula q n condiz em nada com a vida dela... a minisserie foi superficial, cheia de erros (ou desvios da realidade) que comprometem totalmente a credibilidade. Foi uma homenagem triste de um filho amargurado... tecnicamente foi ótimo, e soh!

19 de janeiro de 2009 às 13:03