30 de dez. de 2008

Em 2009, "Globo Esporte" voltará a ter edição em SP

por Edu César

No final de 2007, o "Globo Esporte" definiu algumas mudanças importantes para o ano de seu 30º aniversário, entre elas a primeira dupla de apresentadores (Glenda Kozlowski e Tino Marcos) e o primeiro cenário físico, não mais virtual.

Mas a principal mudança foi que, encerrando expediente de anos anteriores, o Estado de São Paulo passava a assistir a edição nacional gerada do Rio de Janeiro para todo o país, não mais tendo um jornal próprio. Só quem permanecia com edição 100% própria era Minas Gerais.

Se fosse como nos anos anteriores, o eixo veria o mesmo jornal apenas nas duas últimas semanas do ano, com o esquema normal voltando em janeiro. Mas assim não foi e SP continuou vendo o mesmo "GE" do RJ, até a estréia do novo formato, no final de Março. De cara, uma característica perdeu-se: a regionalização do primeiro bloco, local em todo o Brasil.

No "GE" da Glenda e do Tino, o primeiro bloco também era em formato nacional, mesmo que apenas paulistanos e cariocas o vissem. Os brasileiros fora destas duas praças perderam um catatau de notícias ao longo do ano.

Notou-se também a pauta transitar entre o nacionalismo que deve imperar em um jornal de rede nacional e pautas mais voltadas à audiência paulistana, mais contada para as redes por questões do mercado publicitário. Talvez Sampa não tenha aceitado isso muito bem, vide o "GE" perder audiência, cair para um dígito nos números e, além da velha briga com "Chaves" que a edição paulista sofria nos últimos anos, ganhar outro adversário para repartir esses pontos, mesmo que em menor potência: o "Balanço Geral", do Geraldo Luís ("balaaaançaaaa!!!!").

Desta feita, a informação que tenho agora - creio, novamente, que minha primeiramente - indica para uma volta à tática anterior: a partir de 12 de janeiro, o "Globo Esporte" volta a ter edição estadual para SP, devido à queda na audiência.

O "GE" de SP deverá ter idéias novas, matérias novas, cenário novo, maior participação ao vivo dos repórteres e mais espaço pro esporte do interior paulista, praticamente abandonado pela rede este ano.

Já definiu-se também o líder deste novo formato: o ótimo repórter Tiago Leifert, egresso há alguns meses do Sportv, que será o apresentador e editor-chefe da edição paulista.

Espera-se o quê, então, do "GE" de SP? Volta da audiência a um jornal que agora terá "a cara do paulista", sem nacionalização, justamente por competir num horário onde predominam atrações locais nas concorrentes, além do forte concorrente que atrai a criançada. Devem ter imaginado algo assim: "antes ficar complicado do que ruim".

Ah: espero também que, na edição nacional gerada do RJ, o primeiro bloco volte a ser local também, focado nos times cariocas não destacados na rede e no esporte local, sem fatos nacionais que todo o Brasil perderá de acompanhar.

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