15 de jun. de 2008

Outro Lado: Fantástica recuperação

por Bruno Motta

O primeiro baque foi com a "Casa dos Artistas". De repente, um dos programas mais tradicionais e até então eterno campeão no ranking de audiência foi relegado a segundo plano e por seu maior rival, o SBT - que ainda tinha fôlego para atitudes como essa. O fato se repetiu e se repetiu, mas o Fantástico acabou se recuperando e exibindo boa perfomance nos finais dos domingos brasileiros.

Timidamente a nova rival da Globo colocou no ar o seu "Domingo Espetacular". Ponto a ponto acabou criando um certo hábito num tipo de espectador, que, ao que parece, quer ver aquelas mesmas notícias, só que mais cedo. Do outro lado chegou o Pânico na TV, que teve seu horário cada vez mais empurrado para o confronto com o gigante, e acabou abocanhando boa parte do público jovem da atração. Ao que parece a junção das duas pontas infligiu duro golpe à revista eletrônica, e os índices foram caindo pouco a pouco. Com o final de "Sob Nova Direção" a coisa desandou de vez: o público nem tinha o que esperar pra assistir ao final da atração. A média do programa tinha descido, em dez anos, de 40 para perto dos 20 pontos. Quase a metade.

A direção da Globo não ficou parada e trouxe, emergencialmente, diversos quadros de humor, que andavam fora do ar e sempre garantiam bom Ibope com rostos conhecidos que agradam a audiência. Ao mesmo tempo, tirou quadros e figuras antigas do programa, dando cara nova para a revista. Aos poucos saíram Léo Batista, Glória Maria, o locutor Berto Filho e agora até mesmo Pedro Bial.

E numa tacada de sorte (e uma pitada de tempero no limite entre o jornalismo sério e do sensacionalismo) tem se beneficiado de entrevistas exclusivas sobre assuntos altamente polêmicos. Nas últimas semanas, passaram por ali o casal Nardoni, Ronaldinho e até a mãe de Isabela. E entre terremotos e escandâlos políticos, nas próximas semanas, quem vem?

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